terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobre Mim




            Desde pequena aquela garotinha se achava um pouco diferente das outras. Achava ridículo ficar “de mal” com uma amiguinha porque a outra assim queria e gostava de verduras e legumes, com exceção de beterraba, que ela jurava ter o “gosto do cheiro” de madeira molhada.

Foi crescendo e conforme isso acontecia foi percebendo que as coisas nem sempre são como nos dizem que serão e aprendeu que nem sempre a melhor solução que indicavam para ela era a melhor saída para o seu problema. Que as melhores soluções são diferentes de pessoa para pessoa.

Sempre gostou de resolver sozinha suas próprias questões e só pedia ajuda quando precisava MESMO!

A curiosidade a levou a tentar saber tudo o que descobria que não conhecia.

Cresceu, tornou-se mãe, aprendeu a se maquiar (nesta mesma ordem, acredita?), resolveu fazer Comunicação Social e entrou para a faculdade, mudou algumas coisas, mas até hoje não deixou de ser a libriana curiosa, ansiosa, impulsiva, que gosta de bolhas de sabão, de pular no colchão, andar de meias no chão e de coração “irremediavelmente” manteiguinha.

Não apegada a convenções (na verdade sente até raiva de algumas) e quase “nada” tradicional, ela acredita que cada pessoa tem o direito de montar sua própria tradição, baseada no que ela mesma ache importante. O eu é loucura para uns, para outros pode ser absoluta mente normal. Se é estranho, mas não causa dano algum a ninguém, por que não!? O que interessa é sermos felizes!

Viu que ser quem ela “é” é naturalmente fácil, mas esta mesma “facilidade” é difícil de ser entendida pelos outros no contexto que ela gostaria. Não se pode agradar a Gregos e Troianos, né!?

Descobriu que entre serrar uma tábua, confeitar um bolo, cortar cabelo, pintar uma tela ou tecido, criar um filho e entender o ponto de vista de outra pessoa, não existe uma dificuldade assim “tão” suprema. E tudo o que aprendia achava gratificante passar adiante.

Também viu que as coisas à primeira (segunda, terceira...) vista difíceis, se olhadas com mais atenção, se tornam mais simples... O que faz a vida ser o que ela é: “Complexamente Simples”.

Ah...Hoje eu gosto de beterraba! :D